Casa de Apoio
Manifestou mais um
Plim! Sim, vim só
Pra ver se está disposto pro posto
Não traga nada na mala
Que a saga é outro valor
E as regras eu te conto
Entre o voo e o pouso
Bem vindo a fábrica
A sensação é mágica
Foi o serviço do vício
Que fez da crise trágica
Um armamento pesado
Um ideal implantado
"Pic" trinta homens bomba no cenário
Invadiu! Segue o projeto, vai
Chegou a mensagem tudo certo
Já estão dentro do prédio
Casaco da zaga goétia, tio
Ação ladrão e eu sorri
Quando escutei que explodiu
Paulo acelera a parati, na fuga
"Fuck" esses filhas da puta
Vamos pro estúdio meu mano
X tudo tá esperando
Comemorando e chapando
Com nosso plano do ano
Clube da luta
Na verdade olhei pro lado
E me vi só
Sobrou pra nós
Então vem pesado o fardo tá
Pros grandes infiéis
A redenção dos corpos
O que for pra ser será
(Como sempre foi)
Tô no quarto copo e já virou 'ritu'
Incansável foco então partiu
Batuíra
Mortão que fez o beat virar
Aqui é o tadila
Na disciplina dos 'ritual'
Somos os bastardos do meio da história
E a nossa luta, não acaba aqui
E eu já manifestei em vários rituais
De origens distintas e transcendentais
Já me perdi na mata onde emanou uma luta
Mística disputa entre a luz e breu
Véi 'cê' não sabe o que que aconteceu
Quando eu encarnei os papéis e vi de fato
Por trás do espelho quem que era eu
Fudeu, quem sou?
Será que estou ao ponto de enloquecer e ninguém me avisou?
Estou a um passo do surto
E a quilômetros de algum socorro
Não sei se ando pra loucura
Ou pela contramão eu corro
Quando eu me encarno não me calo
Me manifesto no verso
Eu vivo pelo inverso de onde as leis são iguais
Pois não há nada por baixo nem muito menos por cima
Que não seja como a vida aqui, vivida por nós
Na busca de um alvo viral me encontrei só
E outra dose com urgência na minha veia agora
Algo que acalme minha alma antes que minha sanidade aflore
Nietzsche foi sábio na vida assim como foi crowley
Relataram suas verdades dentre as psicoses
E claro que na época não foram vistos como exemplo de conduta
Mas hoje fazem parte da eternidade em uma massa
Literária e litúrgica
E então filha da puta vê se entende que
A minha luta sempre foi contra mim mesmo e
Eu carrego meus anjos e demônios junto a mim
Esperando ansiosamente um apocalipse
Ou um frenesi de um gênesis
Sem sucumbir minha alma ao fim
E pra fazer justo o inferno em mim
Eu tô tentando me cuidar
Somos os bastardos do meio da história
E a nossa luta, não acaba aqui
E eu vou voltar antes que tudo se acabe
E eu vou voltar, antes que tudo se acabe aqui
Writer/s: Paulo Rocha / Tadila