Entre Harpas e Farpas


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Estalactites flexíveis,
Pontando insólitas,
Vigas maleáveis,
Figas eólicas.

No princípio ouvia-se
O dedilhar das harpas,
Ao término retiro
O resquício das farpas.

Entre harpas e farpas
Me contento em zarpar,
Numa remota intempérie
Me atrevo aportar.

Ancoradouro da própria psique,
Raivosa oferenda da abstração,
Quimeras autênticas,
Genuína fixação.

Flexivelmente ortodoxo,
Entre harpas e farpas,
Meu paradigma é um paradoxo.


Writer/s: Michel F.M