Mano Lima

Estância da Anarquia


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Vou falar da estância mais linda do mundo pena que mal administrada
A impressão que eu tenho é que o estancieiro morreu
E ficou a viúva com a com a gurizada que não entende nada.
Cada dia que passa vende um pouco dela e cada pouco que vende
E como se arrancasse um pedaço de mim
Porque nessa estância eu nasci e me criei
É como se fosse minha. ela é a minha, é a minha pátria.

O manso e o domado é tão sempre pegado
O xucro e o aporreado tão sempre invernado
Estância que não tem campeiro agarrado
O xucro anda solto e o manso pisado.

A estância que eu falo é da dona brasília
Terneiro abaixado e a cerca caída
Gerente safado não roubam de pouco
Cavalo folgado é só velhaco e potro.

Essa estância é tão rica que se o gerente deixasse de roubar
Vinte e quatro horas a estância já se endireitava.

No vai e vem de uma ronda comprida
Conheço a tropa e os tropeiros também
Mas os tropeiros da dona brasília
Eles só entendem é do vai-e-vem.