A Revolução Dos Bichos


A Revolução dos Bichos

Meu coração não aguenta mais ver o que tentamos fazer de nós.
Desabrochou a tal fulô, a nossa rotina se fez nossa sina,
e nesse vai e vem e vai e vem e vai e vem e vai eu fui.
Desabrochou a tal fulô, o nosso perigo se fez nosso amigo,
e foi somente assim que pude ver que há em mim o amor.

Ah, o amor...

Ah, o amor sussurra ao pé do ouvido coisas sem sentido,
só pra ver se a gente se entende por gente.
Mas eu quero mesmo ver a gente sendo bicho,
tomando a fazenda e derrubando a granja,
para instituir republica dos bichos bichos, bichas e quem mais vier pra dança.

A liberdade irá cantar.

Mãe gaia pia e convoca suas crias, pois uma batalha começou.
Seu brado forte rasga o céu de norte a sul, vem decretando:
É FLORESTA DE PÉ E FASCISMO NO CHÃO.
O Assum Preto, depois de tanto desterro, em seu cantar denunciava quem lhe quis silenciar.
A bicharada era dentada, era patada, era rabada, era lapada na cara do caçador.
E eu tocava violão, pois minha arma sempre foi a arte, assim me faço parte da revolução.
Mas se é preciso chamo meu guerreiro, e ele vem ligeiro de espada na mão.
Pois toda guerra que acontece pela esfera representa o que é de dentro e lá não pôde se curar.
O que é o ódio se não for fruto do medo de na cara do terceiro ver a tua e se assustar.
E eu me vejo em você, e nos teus olhos vejo quase tudo, só não vejo o fundo, pois talvez não haja.
À la Ganesha entrego minha cabeça, rasgo o peito, e a alma sai para dançar.

Mas eu quero mesmo ver a gente sendo bicho,
tomando a fazenda e derrubando a granja,
para instituir republica dos bichos bichos, bichas e quem mais vier pra dança.

Mas eu quero mesmo ver a gente sendo bicho,
tomando a fazenda e derrubando a granja,
para instituir republica dos bichos bichos, bichas e quem mais vier pra dança.

Mas eu quero mesmo ver a gente sendo bicho,
tomando a fazenda e derrubando a granja,
para instituir republica dos bichos bichos, bichas e quem mais vier pra dança.


Autor(es): Khalil