Armadilhas
ARMADILHAS
EDER LIMA e JOÃO CAETANO
meu coração as vezes se assemelha
a um corcel selvagem em pleno trote
que busca fulgor distante, centelha
sonho que açoita feito chicote
meu coração cumpre em regras sua sina
de buscar aquilo que não se alcança
e quanto mais o impossível fascina
com mais ardor o desafio se lança
meu coração tem jeito de criança
que esta perdido na selva do engano
mas ainda cultiva a flor da esperança
de resgatar o sentido do humano
meu coração vive eterno castigo
de morrer enredado neste jogo
onde ele enfrenta tantos perigos
e cada vitória é sempre um logro
meu coração sofre fatal doença
o brincar nas armadilhas da arte
por ela o drama da vida compensa
e minha ilusão sem fim se repart
Autor(es): eder lima e joão caetano