Irmão de Uberaba


Um velho abacateiro, uma boina surrada
Semente de luz plantadas pela estrada
Por um ser tão franzino

Alma de gigante, a força de
um moinho
Uma luz de farol com o aconchego
de um ninho
Sorriso de menino

Como é que pode tu julgar-te
a ti pequeno
Se um coração nazareno, em teu
peito habitava
E em cada página do livro de tua vida,
Eu encontro sempre a saída
Irmão de Uberaba

Hoje eu me lembrei de ti Francisco
E uma lágrima quis rolar
Mas sequei bem que depressa amigo
Para você não me ver chorar
Mas é que é tão difícil ó Chico
O coração não "balançá"
Quando eu sinto aqui comigo
Tua presença a me inspirar


Autor(es): Eduardo Gibelli