Samba Tem
Cresceu na família,
Sofreu no escuro daqueles porões.
Desceu numa lágrima negra,
Espalhou nos quilombos
Aquela alegria que brota em grotões.
Samba tem,
Crioulo da baixada, tem
O coco de embolada, tem
Loirinha bronzeada, tem
Marginal, daqueles do planalto central
Daqueles trombadinhas, tem
Que pulam em seu quintal.
O samba de bamba poesia,
Irmão da boemia,
Alimenta e sacia a nobres e plebeus.
Cantou das janelas da vida,
A simplicidade e a felicidade
Desses filhos teus.
Samba traz,
O povo pra avenida, vem
E deixa que teu corpo vai,
Num gostoso cai, não cai.
Escultural, como beleza sensual,
Faz de conta que se foi e vem,
Num amor de carnaval.
Writer/s: Guilliard Pereira / Ze Manoel