Chão da Praça / Bloco do Prazer
Chão da praça
Olhos negros cruéis, tentadores 
Das multidões semcantor
Olhos negros cruéis, tentadores 
Das multidões sem cantor
Meu amor quem ficou 
Nessa dança meu amor, tem pé na dança
Nossa dor meu amor 
É que balança nossa dor, o chão da praça
Vê que já detonou som na praça 
Porque já todo pranto rolou
Olhos negros cruéis, tentadores 
Das multidões sem cantor
Olhos negros cruéis, tentadores 
Das multidões sem cantor
Eu era menino, menino 
Um beduíno com ouvido de mercador 
Lá no oriente tem gente 
Com olhar de lança na dança do meu amor
Tem que dançar a dança 
Que a nossa dor balança o chão da praça ôuôuô
Tem que dançar a dança 
Que a nossa dor balança o chão da praça ôuôuô
Bloco do prazer
Pra libertar meu coração 
Eu quero muito mais 
Que o som da marcha lenta 
Eu quero um novo balancê 
O bloco do prazer 
Que a multidão comenta
Não quero oito nem oitenta 
Eu quero o bloco do prazer 
E quem não vai querer? 
Mamãe mamãe eu quero sim 
Quero ser mandarim 
Cheirando gasolina 
Na fina flor do meu jardim 
Assim como o carmim 
Da boca das meninas 
Que a vida arrasa e contamina 
O gás que embala o balancê 
Vem, meu amor feito louca 
Que a vida tá pouca 
E eu quero muito mais
Mais, que essa dor que arrebenta 
A paixão violenta 
Oitenta carnavais
Writer/s: Moraes Moreira, Fausto Nilo