De Alma Inteira
Somente em meus sonhos sou dono de ti
Te trago em poesia vestida de aurora
Quem canta não chora, nem mesmo ao partir
É larga a distância de dois corações
Mas curto é compasso que bate e palpita
Em mim a rudeza, das lidas do campo
Em ti a beleza da flor mais bonita
Foi o brilho dos teus olhos refletindo em noite escura
Teu carinho tua ternura entre beijos e abraços
Foi por tê-la em meus braços fiz teu catre no meu peito
E por tê-la desse jeito hoje és dona dos meus lábios
Estas mãos tão calejadas golpeadoras de ventenas
São suaves como penas quando trança teu cabelo
E num gesto de carinho trago flores lá do campo
E estes versos para um canto sendo teus os meus desvelos
Ficou a milonga falando de nós
Singelos adornos de pura ternura
Por isso te canto... Amor primavera!
Na ânsia da espera por tua candura
Ficou o teu beijo no gosto do mate
Matiz escarlate em lábios de aurora
Restolhos de afeto, resquícios de afago
No canto que trago pra ti nesta hora
Writer/s: Henrique Fernandes / Luidhi Moro Müller