Letras de canciones
Vota: +0


Idiomas
 

Traducción automática
       
NOTA IMPORTANTE El uso de traducciones automáticas suele dar resultados inesperados.
 
Aparece en la discografía de

Poema de Auteil


A coisa não é bem essa.
Não há nenhuma razão no mundo (ou talvez só tu, Tristeza!)
Para eu estar andando nesse meio-dia por essa rua estrangeira com o nome de um pintor estrangeiro.
Eu devia estar andando numa rua chamada Travessa Di Cavalcanti
No Alto da Tijuca, ou melhor na Gávea, ou melhor ainda, no lado de dentro de lpanema:
E não vai nisso nenhum verde-amarelismo. De verde quereria apenas um colo de morro e de amarelo um pé de acácias repontando de um quintal entre telhados.
Deveria vir de algum lugar
Um dedilhar de menina estudando piano ou o assovio de um ciclista
Trauteando um samba de Antônio Maria. Deveria haver
Um silêncio pungente cortado apenas
Por um canto de cigarra, bruscamente interrompido
E o ruído de um ônibus varando como um desvairado uma preferencial vizinha.
Deveria súbito
Fazer-se ouvir num apartamento térreo próximo
Uma fresca descarga de latrina abrindo um frio vórtice na espessura irremediável do mormaço
Enquanto ao longe
O vulto de uma banhista (que tristeza sem fim voltar da praia!)
Atravessaria lentamente a rua arrastando um guarda-sol vermelho.
Ah, que vontade de chorar me subiria!
Que vontade de morrer, de me diluir em lágrimas
Entre uns seios suados de mulher! Que vontade
De ser menino, em vão, me subiria
Numa praia luminosa e sem fim, a buscar o não-sei-quê
Da infância, que faz correr correr correr...
Deveria haver também um rato morto na sarjeta, um odor de bogaris
E um cheiro de peixe fritando. Deveria
Haver muito calor, que uma sub-reptícia
Brisa viria suavizar fazendo festa na axila.
Deveria haver em mim um vago desejo de mulher e ao mesmo tempo
De espaciar-me. Relógios deveriam bater
Alternadamente como bons relógios nunca certos.
Eu poderia estar voltando de, ou indo para: não teria a menor importância.
O importante seria saber que eu estava presente
A um momento sem história, defendido embora
Por muros, casas e ruas (e sons, especialmente
Esses que fizeram dizer a um locutor novato, numa homenagem póstuma: "Acabaram de ouvir um minuto de silêncio…")
Capazes de testemunhar por mim em minha imensa
E inútil poesia.
Eu deveria estar sem saber bem para onde ir: se para a casa materna
E seus encantados recantos, ou se para o apartamento do meu velho Braga
De onde me poria a telefonar, à Amiga e às amigas
A convocá-las para virem beber conosco, virem todas
Beber e conversar conosco e passear diante de nossos olhos gratos
A graça e nostalgia com que povoam a nossa infinita solidão.







 
PUBLICIDAD
PUBLICIDAD

 

LO + EN CANCIONEROS.COM
PUBLICIDAD

 

HOY DESTACAMOS
31 Festival BarnaSants 2026

el 14/11/2025

El Festival BarnaSants 2026 iniciará el 27 de enero, en el Palau de la Música Catalana de Barcelona, su 31.ª edición con un concierto de homenaje al cantautor Lluís Llach, que conmemorará el 50.º aniversario de los míticos conciertos de enero de 1976. El espectáculo reproducirá, medio siglo después el repertorio original íntegro de aquellos conciertos con la participación de artistas como Manel Camp, Santi Arisa, Borja Penalba, Gemma Humet o Joan Reig, entre otros.

HOY EN PORTADA
VII Festival Puente: Encuentro Interoceánico de las Culturas. Viña del Mar

por Ricardo Tapia el 17/11/2025

El esperado estreno de Dialecto de Pájaros, la obra que compuso Patricio Wang hace casi cuatro décadas, tuvo lugar finalmente el pasado 11 de noviembre de 2025 en el Teatro Municipal de Viña del Mar, como concierto de apertura del Festival Puente: Encuentro Interoceánico de las Culturas. Hablamos de su estreno, de su génesis y de lo que viene.

 



© 2025 CANCIONEROS.COM