Desafinado
Que quando me vê ainda fica tonta
Como se estivesse iluminada
Embriagada por um lume
Diz que da lua ainda tem ciúmes
Que sabe de cor o meu perfume
Diz que se lembra dos nossos passos
Da nossa canção preferida
E de como riamos da vida
Diz que me espera e ainda é a mesma
Com a voz macia que canta com sutileza
Com o mesmo tom de esmalte
O mesmo batom, o mesmo gosto bom
Diz que ainda segue a mesma linha
Que aposta na sorte e ainda fala sozinha
Diz que entrar sentar-me a mesa
Que posso falar com franqueza
Que de fato me desalinha
Eu a vida toda fui teu
Mas você sequer um dia foste minha
Writer/s: CELSO GALVÃO / Tonho França