O poeta aprendiz
Valente e caprino
Um pequeno infante
Sadio e grimpante.
Anos tinha dez
E asinhas nos pés
Com chumbo e bodoque
Era plic e ploc.
O olhar verde-gaio
Parecia um raio
Para tangerina
Pião ou menina.
Seu corpo moreno
Vivia correndo
Pulava no escuro
Não importa que muro
E caía exato
Como cai um gato.
No diabolô
Que bom jogador
Bilboquê então
Era plim e plão.
Saltava de anjo
Melhor que marmanjo
E dava o mergulho
Sem fazer barulho.
No fundo do mar
Sabia encontrar
Estrelas, ouriços
E até deixa-dissos.
Às vezes nadava
Um mundo de água
E não era menino
Por nada mofino
Sendo que uma vez
Embolou com três.
Sua coleção
De achados do chão
Abundava em conchas
Botões, coisas tronchas
Seixos, caramujos
Marulhantes, cujos
Colocava ao ouvido
Com ar entendido
Rolhas, espoletas
E malacachetas
Cacos coloridos
E bolas de vidro
E dez pelo menos
Camisas-de-vênus.
Em gude de bilha
Era maravilha
E em bola de meia
Jogando de meia -
Direita ou de ponta
Passava da conta
De tanto driblar.
Amava era amar.
Amava sua ama
Nos jogos de cama
Amava as criadas
Varrendo as escadas
Amava as gurias
Da rua, vadias
Amava suas primas
Levadas e opimas
Amava suas tias
De peles macias
Amava as artistas
Das cine-revistas
Amava a mulher
A mais não poder.
Por isso fazia
Seu grão de poesia
E achava bonita
A palavra escrita.
Por isso sofria.
Da melancolia
De sonhar o poeta
Que quem sabe um dia
Poderia ser.
La cantautora y poeta argentina Caro Tapia presenta Mamífera, su cuarto álbum, una obra integral que combina música, poesía, arte digital y lenguaje audiovisual para narrar la experiencia profunda de la maternidad en cinco estaciones.
Los grupos canarios Los Sabandeños y Mestisay, junto a la voz de Olga Cerpa, revisitan el cancionero isleño y latinoamericano en Balada de Sabanda, un espectáculo conjunto que celebra la memoria musical de Canarias con una gira por todo el archipiélago.
El cantautor catalán Albert Pla celebra sus 35 años de trayectoria con una instalación sonora que proyecta su obra desde el subsuelo del Barri Vell de la ciudad de Girona y un doble concierto como parte del festival Strenes.
A cinco años de su fallecimiento, el periodista Miguel Fernández publica Me va la vida en ello un retrato profundo y cercano de Luis Eduardo Aute, con testimonios inéditos de su entorno más próximo.
La cantante carioca Nana Caymmi, hija del legendario Dorival Caymmi y figura emblemática de la música popular brasileña, murió este martes a los 84 años tras varios meses de complicaciones de salud. Su carrera, profundamente ligada a la samba y al bolero, dejó una huella imborrable en el panorama musical del país.