Canção de madrugada
e triste dum campanário.
A luz que vem e o grito da garça
que desperta com fome e busca
por entre o trigo e cevada
qualquer coisita para comer.
Além dum galo
no curral canta.
A noite está morta, e amanheceu,
a noite está morta, e amanheceu.
Vem o encanto da madrugada,
a vila dorme ainda agora.
E despertar molhadas as folhas
no campo, já é manhã.
Sacodem agua mas não cai nada
quando se acaba a madrugada
e o sol quando aparece,
com o seu calor as vai beijar.
Erguem a testa
molhada e fresca.
Porque é na terra que vão ficar,
porque é na terra que vão ficar.
Dentro da vila chora um menino,
pelos silvados saltam cordeiros.
Pelos campos são os primeiros,
atrás vem o pastor,
encosta o gado com o seu cão,
e até outras pastagens vão.
Passam rios e cabanas,
porque à montanha querem voltar.
Saem com a aurora,
lá vai agora:
o seu caminho é sempre igual,
o seu caminho é sempre igual.
Chegando à vila um vendedor,
bolsa vazia e o carro cheio
de tantas coisas, de verduras
colhidas na sua horta.
A mula sua levando o carro
e o homem fecha os olhos e sonha.
E quando o sol se levanta
no horizonte, vai deslumbrar
as avezitas
que adormecidas,
durante o dia irão voar,
durante o dia irão voar.
E agora canto a madrugada,
a vila dorme ainda agora.
Adaptação: Antonio José
El Covard (El cobarde) es el décimo disco publicado por el cantautor catalán Josep Andújar “Sé”. Incluye una habanera titulada Onades dins del cor (Olas en el corazón), escrita por el autor con música de Llorenç Fernández, canción que encarna la esencia de este nuevo trabajo realizado por un artista ligado a sus orígenes, al mar Mediterráneo, a la “Cançó de taverna” y marinera, a una cultura de tierra y mar que tras sus muchos años de oficio sigue aflorando en todas sus composiciones.
El cantautor barcelonés Enric Hernàez ha muerto a los 68 años. Considerado uno de los nombres más personales de la generación posterior a la Nova Cançó, exploró con libertad estilos como el pop, el jazz, la bossa nova y el rock, así como la musicalización de poesía.